sábado, 9 de outubro de 2010

Falling In Love

Fazem dois anos desde a primeira vez que eu pude sentir a emoção de ver meus ídolos no mesmo ambiente que eu. Isso. Fazem dois anos desde que o McFLY veio ao Brasil pela primeira vez, para fazer shows em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. A dois anos atrás, a essa hora, eu estava na fila de pé, andando em volta do quarteirão até chegar na porta da Via Funchal. Os caras do Restart já tinham vindo divulgar a bandinha deles que nem tinha esse nome ainda, a casa já tinha sido aberta, e lá estavamos nós, lutando por um pouco de espaço enquanto as mais de mil pessoas atrás nos empurravam. By the way, eu fui no show que lotou. O qual deu origem ao show extra que, injustamente, foi marcado para antes do show "original". Mas eu estava lá, e me lembro do exato momento que as luzes apagaram e entre cochichos e gritinhos, ouviu-se uma única voz inconfundível em qualquer ponto que eu estivesse no planeta. HERE'S ANOTHER SONG FOR THE RADIO! Só me recordo da minha pressão ter baixado e eu começado a chorar, enquanto tentava filmar qualquer coisa. Quando a luz dos holofotes caiu sobre o palco, me lembro que a primeira coisa que eu consegui distinguir foi uma camiseta verde. E era daquele lado do placo que saia a voz. Meus olhos procuraram por uma camisa xadrez, como um bebê que procura pelos braços da mãe. Foi quando eu o avistei. Não era nem um pouco como nos meus sonhos. Era ainda melhor. E era ele mesmo ali. Eu sabia que ele jamais me encontraria naquela multidão, mas eu o enchergava perfeitamente. Tentei gritar, mas mais uma vez, meu corpo me traiu. Passei os olhos pelo palco e estavam todos lá. Todos eles. Não estavam tão perto quanto eu gostaria, mas tinha certeza que nem se eu estivesse sendo esmagada na grade, eles não estariam perto o suficiente. Eu estava feliz por estar lá. Meus objetos de adoração dos últimos 10 meses estavam ali, em carne e osso. No mesmo espaço que eu. Nesse meio tempo eu já tinha conseguido fazer minha família se apaixonar por eles. E não exagero quando digo que eles eram minha vida. Tudo o que eu fazia era por eles, ou pensando neles, ou que de algum jeito se relacionava com eles. Então, quase como que num sonho inimaginável, eles tinham atravessado o Atlântico e caido do meu país. E na mesma cidade que eu. E quando tudo acabou, só percebi que realmente tinha acontecido enquanto eu andava pelas ruas frias e quase desertas do lado de fora, num estado semi-consciente.


Agora se passaram dois anos, e eu finalmente posso acreditar nesse sonho. Eles realmente sairam da minha imaginação e dos meus fones de ouvido, diretamente pra um palco, ao vivo.
Queria que esse dia voltasse, como muitos outros. Mas tenho certeza que vou ter outras oportunidades.
Hoje, graças a inumeros fatos, posso ter orgulho de dizer que sou fã da melhor banda do mundo.

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